Orgone Grupo de Arte
A oportunidade de integrar o Orgone Grupo de Arte, por quase dois anos, foi uma grande benção em minha vida!
Após ter feito o curso de iniciação teatral no Teatro Escola Macunaíma, em São Paulo, em 2001, fiquei muito entusiasmado com o teatro. Em 2002, decidi matricular-me no primeiro módulo do curso profissionalizante no Macunaíma, no entanto, durante o segundo mês de curso em São Paulo, surgiu a oportunidade de entrar para o grupo Orgone, aqui em Santos.
O Orgone já é um grupo antigo na cidade! Inicialmente fundado por Cláudia Alonso, como uma cia. de dança, que depois convidou Renato Di Renzo para ser diretor de arte do grupo. A Cláudia, é uma mulher muito inteligente, competente e determinada naquilo que faz. O Renato é um gênio criativo, um artista, um filósofo, com todas as qualidades para ser um grande líder. Com essa junção, o grupo iniciou um processo de constante pesquisa cênica, criando um ambiente de grande fertilidade artística e também uma grande escola para aqueles que ali convivem.
Ocupávamos o galpão de recreação infantil do colégio Universitas, aos fins de semana, e lá ficávamos, o dia inteiro mergulhados num profundo ambiente de experimentação e descoberta. A convivência em grupo fortalece o aprendizado, e eu me sentia muito capaz ao lado daquelas pessoas. As conversas, as risadas, os trabalhos, os jogos, os figurinos, as limpezas do espaço, as madrugadas, as festas, as tristezas e as alegrias, todas foram gravadas no coração para sempre com o nome de experiência.
Alguns meses depois montamos o Café Teatro Rolidei, no terceiro piso do Centro Cultural Patrícia Galvão, para servir como o espaço cênico que receberia a peça “Redi Meid Bluiz” por uma temporada de quatro meses. No final desse período, o Rolidei foi convidado para abrir suas portas ao público do Festival Santista de Teatro Amador, que acontecia naquele momento, e então nunca mais parou de crescer. O Rolidei também foi uma experiência maravilhosa, conheci muita gente, trabalhei bastante, aprendi e enriqueci meu espírito naquele lugar!
Mas, tudo tem o seu tempo, e havia chegado o meu momento de ir embora! Deixei o Orgone e montei um grupo de teatro chamado Teatro do Pé. E essa é uma outra história de alegrias…