As 4 Leis da Espiritualidade ensinadas na Índia
Em novembro de 2013, estudando sobre espiritualidade, encontrei esta postagem sobre as 4 leis espirituais que são ensinadas na Índia, e me identifiquei bastante pois sinto que, muitas vezes, penso, já pensei e agi de acordo com essas leis durante minhas experiências, mesmo sem conhecê-las diretamente. Apenas pela intuição ou sensação interior de que a Lei que rege a ordem natural é assim mesmo.
Então fiquei empolgado e apenas postei o texto aqui no meu blog, como forma de compartilhar com os outros este conhecimento e promover alguma reflexão. No entanto, hoje mais maduro, vejo o quão displicente fui em minha postagem, sem ao menos me dar ao trabalho de adicionar minhas reflexões em torno das 4 leis espirituais que os sábios da Índia nos deixaram como legado.
É claro que as leis falam por si só, e nem sempre é necessário ou bom ficar explicando um ensinamento. As vezes é importante que cada um busque refletir e formar sua própria compreensão a respeito de um conceito, sendo assim muito mais produtivo para o processo de aprendizado.
No entanto, como estou reativando o meu blog, como dizem as próprias leis indianas, tenho certeza que aconteceu apenas o que poderia ter acontecido, agora é o melhor momento para retomar este trabalho e você é a pessoa certa para ler estas reflexões.
Bem, então vamos as nossas 4 leis indianas, hinduístas ou budistas? Seja qual for a sua origem, o que realmente importa é o conteúdo da mensagem, então vamos a elas.
Lei 1: “A pessoa que vem é a pessoa certa“.
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
Esta lei fala de conexões! Conexões entre pessoas, o nosso próximo mais próximo, ou qualquer outra forma de vida que encontrarmos. Somos seres vivendo numa Lei universal de Amor. Somos seres feitos de amor e feitos para amar. Quando ficamos atentos à importância e ao valor de cada conexão que fazemos com os outros, passamos a enxergar melhor a lição que cada um tem para nos ensinar.
A diversidade da criação é infinita, e por isso todos os seres carregam em si uma lição diferente e única, que muitas vezes pode se revelar apenas por sua simples presença, e em outras só se revelam pelo labor da convivência. Mas sejam efêmeras ou duradouras, todas as conexões ensinam algo para quem tem os olhos para ver e o coração para sentir.
Quando reconhecemos a verdade de que toda a criatura que chega é a conexão certa, até mesmo as convivências mais difíceis se tornam mais brandas, pois a boa vontade do aluno que toma todas as dificuldades como grandes mestras no seu processo de desenvolvimento, alivia o fardo das provas e fortalece a paciência para saber lidar com cada um como é.
Lei 2: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“.
Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.
Esta lei fala de aceitação! Aceitação por tudo o que aconteceu e acontece em nossa vida, seja como for. É preciso saber aceitar o bom e o ruim, a vitória e o fracasso, o sonho realizado e o sonho frustrado. Quando simplesmente aceitamos as coisas como elas são, não ficamos apegados e nos livramos do peso das lamentações, das mágoas, das justificativas ou do que poderia ter sido, para podermos seguir em frente saboreando as novas possibilidades que a vida tem a oferecer.
A motivação principal para a aceitação nasce da compreensão de que a Lei que rege a vida é perfeita em si mesma, e portanto tudo o que acontece é também perfeito, e preenche todos os requisitos para as necessidades verdadeiras e mais profundas de nossa alma. Aquelas necessidades que nem mesmo sabemos que temos, pois nossa visão espiritual é curta e embotada, mas se pudéssemos acessar a visão macro de nossas trajetórias espirituais na eternidade, entenderíamos claramente o porque acontecem as coisas que acontecem conosco.
E com o tempo a aceitação acaba se transformando em gratidão! Gratidão profunda pelas coisas serem como são, e nos permitirem lapidar nossas arestas para nossa própria evolução.
Lei 3: “Toda vez que você iniciar é o momento certo“.
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.
Esta lei fala de eternidade e vida espiritual! Se a vida espiritual não fosse eterna, esta lei não faria qualquer sentido, pois, quando um ser estivesse muito próximo do seu fim, próximo de sua total aniquilação, haveriam muitas coisas para as quais não seria o momento certo de dar início. Principalmente projetos de desenvolvimento interior, pois no caso de projetos materiais, se um homem começar em sua última semana de vida algo que outros possam dar sequência, ainda assim terá valido a pena para quem herdar o projeto.
No entanto, considerar que um homem em sua última semana de vida, começasse, por exemplo, a estudar medicina apenas para perder tudo aquilo em que aplicou seus esforços em seus últimos dias, não pareceria uma enorme perda de tempo? Melhor seria curtir seus últimos dias se dedicando aos prazeres.
Mas quando se têm plena compreensão da eternidade da vida espiritual, mesmo a espreita do morte, um homem pode iniciar qualquer projeto, seguro de que levará consigo todos os aprendizados que fez, mesmo que em um curto período de tempo material para fazê-lo. Nada se perde na eternidade! Comece agora. 😉
Lei 4: “Quando algo termina, termina“.
Simples assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência.
Esta lei fala de desapego! É preciso aprender a deixar pra trás o que passou e olhar para o futuro com esperança, sempre atento à corrente de novas possibilidade que a vida está constantemente jorrando a todo o momento. É incrível como somos apegados a muitas coisas, tanto as boas como as ruins.
Ficamos apegados por tudo aquilo que era bom e que acabamos perdendo por algum motivo, mas também ficamos apegados aquilo que aconteceu de ruim, e que, apesar de já ter passado, fazemos constantes demonstrações de apego quando lamentamos o leite derramado, choramos o sofrimento sentido, lembramos e sentimos raiva por quem nos fez mal, culpamos o passado pelo que se tornou o nosso presente, tudo isso são formas de apego.
Essa lei é uma daquelas que é fácil de falar e bem difícil de cumprir. Pois sabemos o quanto é difícil apagar as cicatrizes de certas coisas que acontecem em nossas vidas. As vezes, a força dos fatos é tão impressionante, revoltante, impactante, dolorida, traumática, que é preciso realmente muita evolução para conseguir se desapegar. Mas, vamos trabalhando!